A Indústria Doméstica
As indústrias de finanças (banca), de fabrico e do governo, verdadeiros correlativos das indústrias puras do capital, dos bens e dos serviços, são facilmente definidas porque são geralmente estruturadas de uma maneira lógica. Devido a isto, os seus processos podem ser descritos matematicamente e os seus coeficientes técnicos podem ser facilmente deduzidos. Este, contudo, não é o caso da indústria de serviços conhecida como a indústria doméstica.
Modelos da Indústria Doméstica
Quando o diagrama de fluxo da indústria é representado por um sistema de 2 blocos de indústrias domésticas à direita e todas as outras indústrias à esquerda, resulta o seguinte:
As setas da esquerda para a direita rotuladas A, B, C, etc., denotam o fluxo de valor económico das indústrias no bloco à esquerda para a indústria no bloco da direita chamada “indústrias domésticas”. Pode pensar-se nisto como os fluxos mensais do consumidor dos seguintes bens. A – bebidas alcoólicas, B – carne, C – café, ...., U – desconhecido, etc....
O problema que um economista teórico enfrenta é que as preferências do consumidor de qualquer agregado não são facilmente previsíveis e os coeficientes técnicos de qualquer agregado tendem a ser uma função não linear, muito complexa e variável de rendimento, preços, etc.
A informação informática proveniente da utilização do código de produto universal em conjunção com a compra por cartão de crédito como identificador de agregado individual podia mudar este estado de coisas, mas o método C.P.U. não está ainda disponível à escala nacional nem sequer a uma escala regional significativa. Para compensar esta deficiência de dados, foi adoptada uma abordagem indirecta alternativa de análise conhecida como testes de choque económico. Este método, amplamente utilizado na indústria de fabrico de aeronaves, desenvolve um género de dados estatísticos agregados.
Aplicado à economia, isto significa que todos os agregados numa região ou em toda a nação são estudados como um grupo ou classe em vez de individualmente, e o comportamento colectivo em vez do comportamento individual é usado para descobrir estimativas úteis dos coeficientes técnicos que dirigem a estrutura económica da hipotética indústria doméstica individual.
De notar que no diagrama de fluxo da indústria os valores para os fluxos A, B, C, etc., são acessíveis a medição em termos de preços de venda e vendas totais de bens.
Um método de avaliar os coeficientes técnicos da indústria doméstica depende do choque de preços de um bem essencial e observar as mudanças nas vendas de todos os bens.
Teste de Choque Económico
Em tempos recentes, a aplicação da Investigação de Operações ao estudo da economia público tem sido óbvia para qualquer pessoa que compreenda os princípios dos testes de choque.
Nos testes de choque de uma fuselagem de aeronave, o impulso de recuo de disparar uma arma montada nessa fuselagem provoca ondas de choque nessa estrutura que informam os engenheiros da aviação das condições sob as quais algumas partes do avião ou todo o avião ou as suas asas começarão a vibrar ou a tremer como uma corda de guitarra, uma flauta de cana ou um diapasão, e a desintegrar-se ou a cair aos pedaços durante o voo.
Os engenheiros de economia alcançam o mesmo resultado ao estudar o comportamento da economia e do consumidor público seleccionando cuidadosamente um artigo de primeira necessidade como a carne, o café, a gasolina ou o açúcar, e provocando então uma mudança súbita ou choque no seu preço ou disponibilidade, pondo assim em baixo de forma o orçamento e os hábitos de compra de toda a gente.
Observam então as ondas de choque que daí resultam monitorizando as mudanças na publicidade, nos preços e nas vendas desse e doutros bens essenciais.
O objectivo de tais estudos é adquirir o know-how para colocar a economia pública num estado previsível de movimento ou mudança, até num estado de movimento autodestrutivo controlado, que convença o público de que certos “especialistas” deveriam tomar o controlo do sistema monetário e reestabelecer a segurança (mais do que a liberdade e a justiça) para todos. Quando os cidadãos dominados são tornados incapazes de controlar os seus assuntos financeiros, ficam, claro, totalmente escravizados, uma fonte de mão-de-obra barata.
Não só os preços dos bens essenciais, mas também a disponibilidade de mão-de-obra podem ser usados como meios para testes de choque. As greves laborais fazem excelentes testes de choque a uma economia, especialmente nas áreas críticas dos serviços dos transportes por camião, da comunicação, dos serviços públicos (energia, água, recolha de lixo), etc.
Pelos testes de choque, verifica-se que existe uma relação directa entre a disponibilidade do dinheiro a circular numa economia e a verdadeira perspectiva e resposta das massas de pessoas dependentes dessa disponibilidade.
Por exemplo, há uma relação quantitativa mensurável entre o preço da gasolina e a probabilidade de que uma pessoa possa experienciar uma dor de cabeça, sentir a necessidade de ver um filme violento, de fumar um cigarro, ou de ir a uma taberna beber uma caneca de cerveja.
É extremamente interessante que, ao observar e medir os modelos económicos pelos quais o público tenta fugir dos seus problemas e escapar da realidade, e ao aplicar a teoria matemática da Investigação de Operações, é possível programar computadores para prever a combinação mais provável de acontecimento criados (choques) que conduzam a o controlo e subjugação completos do público através da subversão da economia pública (por intermédio das fontes de proveito, favores políticos).
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