Sinto-os dolorosamente no coração:
Minha mãe, meu filho, meu irmão.
Mas logo de rompante, de supetão,
Espelho-me neles
E eles são o que sou e todos são...
E a dor que antes sentia
Só por eles, eles que me são,
Súbita na sua mutação,
É a dor de todos os seres,
Conheça-os eu ou não.
Mesmo que essa estranha sensação
Seja a pobre inspiração
D’uma poetisa insípida e desencontrada,
Perdida, desnorteada e quiçá iludida,
Sou, para além da dúvida o que eles são,
E eles, talvez mesmo sem que o saibam,
São o próprio latir do meu coração.
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