Passaram-se milhares de anos e continuamos sem ter aprendido nada! Década após década, era após era, cometemos os mesmos erros, praticamos as mesmas chacinas, pensamos da mesma maneira e enfrentamos a vida com a mesma ignorância e com a mesma estupidez!
Mudaram apenas os meios, agora bem mais sofisticados do quando partíamos a cabeça uns aos outros com uma tíbia de mamute ou quando nos trespassávamos uns aos outros com a lâmina das espadas que nos orgulhávamos de saber esgrimir… somos bem mais sofisticados hoje em dia por exemplo nos genocídios, porque antes, matávamos de um golpe só e agora matámos lenta e requintadamente cada vez que, pelo nosso desmesurado egoísmo, negamos aos nossos semelhantes as condições básicas e essenciais para uma vida digna… Nada aprendemos… como gado conduzido e apascentado, sem qualquer dúvida ou interrogação, aceitamos, seguimos, imitamos… e nascemos e morremos na mais perfeita ignorância, tendo apenas cumprido mais um ciclo estúpido e estéril, nada tendo compreendido, nada tendo criado…
Todos os dias somos iguais ao que sempre fomos no passado, e quando falamos de construir um futuro, são os mesmos padrões, os mesmos erros e a mesma ignorância que nele projectamos.
Porque é que ignoramos o que o nosso interior em silêncio nos grita? Não vemos porque não queremos ver, porque nos é mais confortável a conformação, a padronização. Contudo, temos em nós, inata, a semente da indagação, do questionamento, temos em nós o impulso e a energia que nos podem lançar na descoberta da verdadeira vida quando muito bem quisermos! Mas não queremos, obstinadamente menosprezamos e deliberadamente ignoramos aqueles pequenos e subtis sinais, quais vislumbres fugidios, que parecendo vir do nada, tentam despertar a alma com o aguilhão da dúvida! Temos em nós próprios, inequivocamente, a infinita imensidão de possibilidades que pululam na Vida em todas as suas vertentes!
Quando é que vamos querer aprender?
Olá, Isabel. Tão só agradecer a sensibilidade denotada nas tuas palavras, que pude ler extensivamente num percorrido pelo blog entre a noite passada e o dia presente. Consegui fazê-lo sem vêr-me estrangulada pelo tempo, experiência cada vez mais difícil pelo ritmo em si sufocante da vida.
ResponderEliminarComo aponta o primeiro parágrafo desta reflexão, que poco se aprende ou que mal se transmite. Que fardo para o amanhã e o amanhã dos amanhãs.
Bem-Haja
Acrescento algo que passou-se-me esta manhã, apesar de tê-lo em mente. Após hesitar, tomei-me o atrevimento de comentar de "tu" e não de "você", confiada de não criar ofensa. Acontece que por educação de "berço", nem concebia sequer o tratar de tu no meu contorno habitual, formas que pareciam-me quase distanciosas, mas era um respeito, aquele respeito. Aliás, não cabiam outras. A vida prossegue e a estas alturas, só uso você muito selectivamente. Aqui, não quis manter dilema, nem esquivá-lo. Um sorriso e toda a sorte.
ResponderEliminarCara Alexandra, nem por sombras fiquei ofendida! Antes pelo contrário. Fiquei, sim, muito contente! Isso quer dizer que estás mais próxima de mim através da minha escrita, significa que me entendes, e isso sim, é respeito! Minha cara amiga, "desde ahora nos tutearemos, vale?"
ResponderEliminarÉ sempre com imenso prazer que recebo os teus comentários e constanto que ainda existem no mundo pessoas a quem podemos chamar seres humanos com toda a propriedade!
Muito obrigada, Alexandra!
Ainda bem!! Uma, às vezes, não sabe bem que deformações e contra-deformações arrasta neste mundo demasiado complicado, ha ha.
ResponderEliminarUm afago reconhecido da tua bonita pessoa, Isabel.