Meditei-me
E cheguei à conclusão:
Sou o que os outros são.
Nada tenho de meu,
Apenas o que é de todos:
O universo inteiro e a mais vasta solidão.
É, pois, só que sou.
E apenas quando a sós co’ a minha alma;
“Tudo o resto”, ela insiste,
“que a teus olhos se insinua, a teus ouvidos se clama,
se tu mesma o não sentiste,
pura e simplesmente não existe”!
Meditei-me
E cheguei à conclusão:
O que eu sou os outros são,
E dediquei-me desde então
À infinita tarefa de ser a sério e a fingir não.
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