quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Quando

Quando já nada apetece
É porque a vida parece uma paisagem desolada,
A própria alma esmorece e o horizonte,
Cheio desse nada, nega a esperança de uma outra vida
Nova, mudada.

Quando já nada apetece
É porque a própria alma enfraquece o brilho
Das estrelas e, negando-se a ler nelas,
Fenece numa luz ténue desconsoladamente
Inerte, apagada.

Quando já nada apetece
É porque a vida não esquece a alma perdida
Que estremece perante o abismo da verdade e da mentira,
Alma essa que secretamente deseja ser uma nova
Fénix renascida.

1 comentário:

  1. Parabéns,
    Escreve tranquilamente bem.
    Costumo dizer que a melhor escrita é aquela que é lavrada sem necessidade de inventar, surgindo as palavras do interior de quem escreve.
    A capacidade de renascer reside em nós próprios, no querer e poder. Muitas das vezes, contra tudo e todos.
    Quando o ser humano atinge um nível em que ganha consciência que, se não atuar, ninguém o fará por si mesmo, então está pronto para renascer.
    Reiterados parabéns pela sua escrita que me deu muito prazer ler. Sobretudo, por ter o dom de escrever de forma elegante que dá prazer ler.
    “…Ainda bem que no meio da luta e do caos são espectadores os meus olhos, ouvintes os meus ouvidos, passivo e compassivo o meu coração. Ainda bem que outros olhos me vêem e outros ouvidos me escutam e outros corações latem a compasso com o meu”
    Luis M. Martins

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