quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Brilhante ou Sombria

René Magritte - La Baigneuse du Clair au Sombre (1935)

Não preciso que a noite caia
p’ra que se me escureça a alma,
e o mais sombrio dos dias não apaga o brilho que por vezes nela se acende… 

Sucedem-se as estações do meu sentir à cadência incerta do pensar:
se as penso amenas, parecem primaveras luminosas e serenas
ou outonos dourados e tranquilos;
se as penso conturbadas, ora escaldam como verões sufocantes,
ora gelam como álgidos invernos.  

E quase sem reparar, tão inconstantes são os pensamentos
quando correm soltos e a toda a brida,
ora estou no mais extático dos céus, ora no mais sinistro dos infernos… 
 
Brilhante ou sombria se põe a alma consoante pense a minha vida…
 
 

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