Pájaro - Jesús Díaz Ferrer |
Já as últimas semanas haviam decorrido pardas. O pensamento,
fugidio, escusava-se à concentração. As ideias iam e vinham, para depois, entre
meias palavras e sem grandes explicações, se refugiarem em recantos da mente
quase olvidados. Talvez façam ninho. Talvez proliferem. Ou talvez morram por
ali e se tornem apenas resquícios empoeirados e ressequidos.
É tempo, pois, de dar descanso à máquina que alberga a
mente, ao corpo que alberga o espírito. É tempo de deixar vaguear livremente os
olhos e as vontades. Talvez em Setembro, tal como com as uvas, se possam colher
frutos maduros, esperanças de puros néctares.
Aos meus estimados leitores, os votos de boas férias e que o
repouso lhes traga sempre algum alimento para alma!
Cara Isabel G, eu sabia,eu "via" que por detrás daqueles comentários às vezes brandos, às vezes bravos, mas sempre cheios de graciosidade e de fina elegânciano, no Aventar, estava alguém para quem as palavras escritas são como os “frutos maduros”, “puros néctares” da alma.
ResponderEliminarSenti a sua falta no Aventar, como a do PALAVROSSAVRVS REX.
É minha esperança que tenha encontrado as mais belas árvores e nelas os mais suculentos frutos e o corpo e e alma estejam em perfeita harmonia e assim possa renascer a fantasia.
Meu caro António Lourenço, nem imagina como fiquei feliz com as suas palavras! Muito obrigada!
EliminarTambém eu sempre li nas suas palavras uma brandura incomum, uma especial bonomia! Cheguei a comentar-lho no Aventar, lembra-se?
São poucas as pessoas que se destacam pela sua forma sensível e sensata de ver a vida. O António é uma delas e, só por isso, já lhe estou muito reconhecida!
Bem haja!