quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Repouso


Pájaro - Jesús Díaz Ferrer

Já as últimas semanas haviam decorrido pardas. O pensamento, fugidio, escusava-se à concentração. As ideias iam e vinham, para depois, entre meias palavras e sem grandes explicações, se refugiarem em recantos da mente quase olvidados. Talvez façam ninho. Talvez proliferem. Ou talvez morram por ali e se tornem apenas resquícios empoeirados e ressequidos.
É tempo, pois, de dar descanso à máquina que alberga a mente, ao corpo que alberga o espírito. É tempo de deixar vaguear livremente os olhos e as vontades. Talvez em Setembro, tal como com as uvas, se possam colher frutos maduros, esperanças de puros néctares.
Aos meus estimados leitores, os votos de boas férias e que o repouso lhes traga sempre algum alimento para alma!

2 comentários:

  1. Cara Isabel G, eu sabia,eu "via" que por detrás daqueles comentários às vezes brandos, às vezes bravos, mas sempre cheios de graciosidade e de fina elegânciano, no Aventar, estava alguém para quem as palavras escritas são como os “frutos maduros”, “puros néctares” da alma.
    Senti a sua falta no Aventar, como a do PALAVROSSAVRVS REX.
    É minha esperança que tenha encontrado as mais belas árvores e nelas os mais suculentos frutos e o corpo e e alma estejam em perfeita harmonia e assim possa renascer a fantasia.

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    Respostas
    1. Meu caro António Lourenço, nem imagina como fiquei feliz com as suas palavras! Muito obrigada!

      Também eu sempre li nas suas palavras uma brandura incomum, uma especial bonomia! Cheguei a comentar-lho no Aventar, lembra-se?

      São poucas as pessoas que se destacam pela sua forma sensível e sensata de ver a vida. O António é uma delas e, só por isso, já lhe estou muito reconhecida!

      Bem haja!

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