Pájaro - Jesús Díaz Ferrer |
Já as últimas semanas haviam decorrido pardas. O pensamento,
fugidio, escusava-se à concentração. As ideias iam e vinham, para depois, entre
meias palavras e sem grandes explicações, se refugiarem em recantos da mente
quase olvidados. Talvez façam ninho. Talvez proliferem. Ou talvez morram por
ali e se tornem apenas resquícios empoeirados e ressequidos.
É tempo, pois, de dar descanso à máquina que alberga a
mente, ao corpo que alberga o espírito. É tempo de deixar vaguear livremente os
olhos e as vontades. Talvez em Setembro, tal como com as uvas, se possam colher
frutos maduros, esperanças de puros néctares.
Aos meus estimados leitores, os votos de boas férias e que o
repouso lhes traga sempre algum alimento para alma!