quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Repouso


Pájaro - Jesús Díaz Ferrer

Já as últimas semanas haviam decorrido pardas. O pensamento, fugidio, escusava-se à concentração. As ideias iam e vinham, para depois, entre meias palavras e sem grandes explicações, se refugiarem em recantos da mente quase olvidados. Talvez façam ninho. Talvez proliferem. Ou talvez morram por ali e se tornem apenas resquícios empoeirados e ressequidos.
É tempo, pois, de dar descanso à máquina que alberga a mente, ao corpo que alberga o espírito. É tempo de deixar vaguear livremente os olhos e as vontades. Talvez em Setembro, tal como com as uvas, se possam colher frutos maduros, esperanças de puros néctares.
Aos meus estimados leitores, os votos de boas férias e que o repouso lhes traga sempre algum alimento para alma!
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