Sonhe, caro leitor, sonhe...
terça-feira, 30 de julho de 2013
Sonhar... imaginar
Porque o sonho, a imaginação, podem ser um abrir de asas, um voo para o infinito, um passeio no eterno...
Sonhe, caro leitor, sonhe...
Sonhe, caro leitor, sonhe...
Etiquetas:
sonho imaginação paz igualdade
quarta-feira, 3 de julho de 2013
O Rei Morreu, Viva o Rei ou Ascensões e Quedas
Sempre
esteve à vista de todos! Infelizmente ninguém quis ver. Ninguém quer ver. Embora esteja a referir-me à imaturidade do ser humano em geral, não posso, neste
momento, deixar de salientar a gritante imaturidade da garotada
portuguesa. Governantes e governados. Estão todos ao mesmo nível: catraios cuja
responsabilidade se limita ao gozo máximo do brinquedo que, em determinado
momento, tiverem entre mãos. Porque no momento seguinte, por obra da volubilidade
que caracteriza os petizes imberbes à descoberta do mundo, ei-los que largam,
desinteressados, o brinquedo agora entediante e correm à descoberta de outro, tão imbecilmente entusiasmados
como quando correram para o anterior.
Movem-se
em círculos viciosos. E por mais repetidamente que o façam, parecem retirar da
torpe brincadeira o mesmo grau de gozo. São astutos os governantes e uns
simples os governados. Será que nem uns nem outros se dão conta da natureza ridícula e de faz-de-conta
dos seus próprios actos? O governado, ouvindo falar em eleições, põe as antenas
no ar, incha com o direito que alguém não existente lhe outorgou e arroga-se de
salvador da pátria, incitando amigos e companheiros a votar em X. O governante,
com eleições pela frente, em bicos de pés e todo insuflado, parece crescer com
uma autoridade que ninguém lhe concedeu e promete mundos e fundos. Depois das
eleições, como se de um ritual se tratasse, o governado, mais uma vez, bate com
os cornos na parede perante a imutabilidade das coisas e, mais uma vez,
sente-se defraudado; e o governante, manhoso e embusteiro, mais uma vez se
governa com uma abundância que não é sua enquanto, hipocritamente, arrota
palavras de patriotismo que são tiro e queda para inebriar a inculta e lerda massa
eleitoral.
Prossegue
a brincadeira. Repete-se o padrão. Uns cansaram-se de brincar e, amuados, gritam a pleno pulmão “Não
brinco mais a isto!”. E vão-se embora. Outros, com um paternalismo fictício e uma bem estudada atitude de aparente responsabilidade e maturidade, batem o pé e insistem “Não
vale desistir! Eu vou jogar até ao fim!”.
Ah,
povo estúpido, que mais uma vez vais cair na ratoeira que tão subtilmente te têm
preparado ao longo de décadas! Ah, povo ignorante, que te não dás conta que por
mais que gire o carrocel, as voltas são sempre iguais e a paisagem é sempre a
mesma! Ah, povo inculto, que ainda não aprendeste que campanha eleitoral significa,
na prática, ditadura autorizada! Ainda não percebeste que eleições são meras
disputas de poder entre meia dúzia de macacos que parecem agredir-se à tua
frente, mas que, na realidade, são inseparáveis companheiros e frequentam o mesmo galho do conluio e do ludíbrio!
Tu, povo estúpido, continuas a dançar ao som do “vira o disco e toca o mesmo”,
continuas a venerar candidatos que mais tarde odiarás e substituirás por igual
ou pior. Continuas a confundir lobos com carneiros, quer sejam esses lobos os que
elegeste ou virás a eleger, quer sejam os tristes e ocos agitadores que te chamam a lutas
inglórias e cujo único fim é parir números, contar cabeças do rebanho.
Suspiras
por mudança, povo estúpido? Então muda tu.
Anseias
por justiça, povo ignorante? Então sê justo.
Almejas
liberdade, povo inculto? Então liberta-ta a ti mesmo.
- E lembrem-se - recomenda o lobo, sorridente e persuasor - agora é novamente a vez do partido X! Não se esqueçam de votar nele! |
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